Bósnios saem à rua depois de um homem ter transmitido em direto o assassínio da ex-mulher
Idade: 38 anos
Morta a tiro: 11 de agosto de 2023
Residência: Gradacac
Origem: Bósnia e Herzegovina
Filhos: 1
Autor do crime: Ex-marido Nermin Sulejmanovic (35 anos)
Na manhã de sexta-feira, 11 de agosto de 2023, o culturista e instrutor de fitness Nermin Sulejmanovic, de 35 anos, iniciou uma transmissão em direto no Instagram. Durante esse livestream, anunciou que os seus seguidores iriam testemunhar o assassínio da sua ex-mulher, Nizama Hecimovic, de 38 anos. Nermin expressou a sua frustração pelo facto de a ex-mulher ter mantido a filha pequena longe dele durante mais de uma semana. Além disso, ela tinha apresentado queixa contra ele por violência e intimidação.
Durante a transmissão em direto, milhares de pessoas assistiram ao momento em que Nermin pegou numa arma e disparou mortalmente contra a cabeça da ex-mulher. Há mesmo relatos que indicam que alguns espectadores encorajaram as suas ações.
Após o brutal assassínio, Nermin tirou a vida a dois homens e feriu outros três, incluindo um agente da polícia, antes de pôr termo à sua própria vida.
Na segunda-feira, milhares de pessoas saíram às ruas em várias cidades da Bósnia e Herzegovina para protestar contra o feminicídio. O atirador tinha antecedentes criminais, o que levou os manifestantes a acreditar que as autoridades deveriam ter tomado medidas mais substanciais para proteger Nizama do seu ex-marido violento. Nos últimos dois anos, 20 mulheres perderam a vida às mãos dos seus maridos na Bósnia.
O que é um homicídio de honra? |
Um homicídio em nome da honra é um homicídio em nome da honra. Se um irmão assassina sua irmã para restaurar a honra da família, é um homicídio de honra. Segundo os ativistas, as razões mais comuns para homicídios de honra são como vítima:
Ativistas dos direitos humanos acreditam que 100.000 assassinatos de honra são realizados a cada ano, a maioria dos quais não são relatados às autoridades e alguns são até deliberadamente encobertos pelas próprias autoridades, por exemplo, porque os perpetradores são bons amigos dos policiais locais, funcionários ou políticos. A violência contra meninas e mulheres continua sendo um problema sério em Paquistão, Índia, Afeganistão, Iraq, Síria, Iran, Sérvia e Turquia. |
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